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janeiro 31, 2025Método contraceptivo de emergência, a pílula do dia seguinte não deve ser tomada de forma regular ou sem orientação médica
A pílula do dia seguinte, também chamada de anticoncepção de emergência ou AE, é um método utilizado para evitar a gravidez indesejada. Diferente de mecanismos de uso contínuo, como o DIU e a pílula anticoncepcional, a AE deve ser tomada em situações emergenciais, sob orientação médica. O uso do contraceptivo pode ser uma solução nesses casos, mas as dúvidas sobre o assunto, assim como em relação a outros métodos, é comum entre as mulheres. A falta de informação pode prejudicar a saúde sexual das mulheres, por isso é importante entender como funciona a pílula, quais seus efeitos e quando é indicado tomá-la.
Como funciona a pílula do dia seguinte?
O mecanismo de ação da pílula do dia seguinte funciona de maneiras diferentes, variando de acordo com a fase do ciclo menstrual em que a mulher está no momento da ingestão do medicamento. De maneira geral, a pílula atua na brecha de tempo de espera dos espermatozoides no trato vaginal antes da ovulação. Esse período costuma variar de um a cinco dias.
Se, neste momento, a mulher estiver nos primeiros dias do ciclo menstrual, antes do período de ovulação, a ação da pílula é justamente impedir ou retardar essa ovulação por alguns dias. Caso a mulher tome a anticoncepção de emergência após o período de ovulação, a ação da medicação consiste em impedir a fecundação do óvulo.
Para isso, a AE altera o muco cervical com o objetivo de dificultar a passagem dos espermatozoides do trato genital feminino para as trompas. Dessa forma, o medicamento evita o encontro dos espermatozoides com o óvulo, o que impossibilita a implantação – etapa que acontece após a fecundação e resulta na gravidez propriamente dita.
Como tomar a pílula do dia seguinte?
A indicação é tomar a pílula logo após a relação sexual sem uso de preservativo ou outro método contraceptivo. Não é necessário receita para comprar o medicamento, mas é fundamental buscar orientação médica antes de ir à farmácia.
O medicamento é vendido de duas maneiras: em dose única ou em dois comprimidos. A indicação, no caso dos dois comprimidos, é aguardar 12 horas após a ingestão do primeiro para tomar o segundo. Esse uso deve ser acompanhado e orientado por um médico ginecologista, que vai avaliar o caso de maneira individual e fazer a indicação correta de uso para cada pessoa.
Quando tomar a pílula do dia seguinte?
A pílula é um método contraceptivo emergencial, portanto é uma medida voltada para casos excepcionais e deve ser utilizada apenas como última opção.
Segundo orientações do Ministério da Saúde, as principais indicações de uso são:
- casos de abuso sexual;
- relação sexual sem uso de outros métodos contraceptivos;
- esquecimento da pílula anticoncepcional por, no mínimo, dois dias;
- falha no método normalmente utilizado, como rompimento do preservativo no momento da ejaculação ou deslocamento do DIU.
Em qualquer uma dessas situações, é importante consultar um médico ginecologista para fazer o uso correto da medicação.
Quando não tomar?
Segundo o Ministério da Saúde, a principal contraindicação da pílula está relacionada aos casos de gravidez já confirmada. Pessoas que normalmente tem contraindicações ao uso de anticoncepcionais hormonais, como aquelas com histórico de tromboembolismo, enxaqueca severa ou diabetes com complicações vasculares, devem consultar um ginecologista.
No entanto, o Ministério, de acordo com as diretrizes da OMS (Organização Mundial de Saúde), destaca que mesmo esses grupos podem fazer o uso do medicamento. Além disso, vale ressaltar que a anticoncepção de emergência não substitui a pílula anticoncepcional, não atua na prevenção de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) e não deve ser tomada de maneira regular.
Possíveis efeitos colaterais
A contracepção de emergência é um medicamento com doses hormonais e, portanto, pode ter alguns efeitos colaterais de acordo com a reação de cada organismo após a ingestão.
Os principais efeitos da pílula do dia seguinte são:
- vômitos;
- diarreia;
- náuseas;
- cansaço;
- dor de cabeça.
A pílula também pode causar alterações no ciclo menstrual, levando a pequenos sangramentos, adiantamentos ou atrasos na menstruação. Essas reações costumam ser leves, mas é importante se atentar a elas. Caso os sintomas persistam, a indicação é procurar um médico.
O que “corta” o efeito?
O principal fator prejudicial ao efeito da pílula é a ocorrência de vômito por um período aproximado de duas horas após a ingestão. Nestes casos, o indicado é tomar o medicamento novamente. Além disso, a contracepção de emergência tende a ser mais eficaz nas 24 horas seguintes à relação sexual. Os efeitos podem diminuir conforme o tempo passa.
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